Pelo Mundo

16 livros de viagem para mudar sua perspectiva de mundo

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Pode parecer clichê, mas para escrever esse artigo sobre os livros de viagem que mais me influenciaram coloquei no Spotify uma playlist com sons do oceano. Acredito que água sempre esteve relacionado com as viagens que fiz, por morar no interior do Brasil o meu destino preferido era ir direto para as encostas do Oceano Atlântico.

Minha história com o sentido da palavra viajem não começou com o ato de viajar, mas nos livros. Antes de encarar o mundo e ver o que ele tinha para oferecer, li, sem saber que um dia minha vez chegaria, sobre as maiores aventuras que já foi contado.

Essa lista de livros de viagem entrou na minha vida naturalmente e esses fui contar quantos dessa categoria eu já li. São vários!

Sobre os estilos é uma mistura: alguns são ficção, outros guias, outros relatos. O que todos têm em comum são as viagens. Por escolha e enaltecer nossa brasilidade, coloquei os livros de escritores brasileiros no início. Sim, somos bons até na arte de viajar.

Alguns livros que vou falar não estão na foto em formato físico, por isso deixei o Kindle à mostra. Outra coisa: esse artigo foi escrito com os auxílios do Wouter, o macaquinho com pinta de Indiana Jones da foto. Entende sobre viagens como ninguém!

1. Entre altas e oceanos, Pedro Dalmolin

livro do pedro entre atlas e oceanos sobre viagens

Esse livro foi escrito por mim nessa quarentena. Decidi separar as histórias em 12 contos com situações e lugares diferentes. É uma mistura de realidade e ficção, mas a realidade prevalece no final. Foi uma maneira que encontrei de recontar as histórias que mais me marcaram em um período de quase dezoito meses.

Alguns ambientes são: Rio de Janeiro, Novo México, Nápoles, Tel Aviv e Bangkok. E os acontecimentos vão desde aquele período de espera no aeroporto até os encontros e desencontros que acontecem com quem está em trânsito.

Amei escrevê-lo, me levou de volta há um período mágico. Após pronto tive a sensação de dever cumprido. Consegui, de maneira pequena ainda, deixar a minha marca no mundo.

Meu objetivo com ele é incentivar as pessoas a conquistarem as suas próprias histórias. Correrem atrás do que acontece entre o sonho e a concretização, entre os atlas e oceanos.

“Ele conseguiu o que mais temia. Biancha seria a mais difícil de lidar com aquela situação, mas mostrou um lado que ninguém conhecia. Ela aceitou tudo aquilo e torceu pela alegria do seu pai, fazia muito tempo que ele não sentia a vida como deveria ser sentida. Velejar pelo Mediterrâneo foi o presente que ele mais queria e que estava enterrado em sua memória até aquele instante, quando Carlotta começou a pintar seus desejos em um quadro branco. Foi a obra mais importante da sua vida, em que pintou o Velho e o Mar.”

Trecho do conto “O velho e o mar” do livro Entre Atlas e Oceanos.

2. Nômade Digital: um guia para você viver e trabalhar como e onde quiser, Matheus de Souza

Eu já conhecia o trabalho do Matheus antes dele lançar esse livro. Como admiro a qualidade e seu estilo de vida, não pensei duas vezes em comprar a obra.

Não há nada de ficção nesse livro, mas a verdade nua e crua de quem decide migrar para uma realidade ainda nova: a do nômade digital.

Por que o livro é lindo? Porque ele não vai te enganar e vender a ideia de que viajar o mundo enquanto trabalha é uma vida glamorosa. Toda mudança, de início, exige sacrifícios, mas isso não significa que a experiência não vai ser incrível. Ser nômade digital é abdicar da segurança e caminhar com a incerteza quase que diariamente.

Você está preparado para lutar antes de alcançar a glória, então esse livro é para você. Ele vai te abrir os olhos como ninguém, as experiências do Matheus e os relatos de vida na estrada são a prova viva de que esse estilo de vida é uma opção.

Não é como os livros de viagem tradicionais dessa lista, cheio de aventuras mirabolantes e tramas, mas um guia para quem gostaria de poder trabalhar de onde quiser.

“Essa inquietação de viver deliberadamente me acompanha desde que entre no mercado de trabalho. Nunca achei justo, para não dizer inteligente, ficar 9 horas (às vezes mais) num escritório que muitas vezes pode ser feito na metade do tempo.”

TRECHO DO LIVRO DO mATHEUS.

3. O melhor guia de Nova York, Pedro Andrade

A primeira verdade sobre esse livro na minha vida: ainda não pisei em Nova York. A segunda: tenho o livro autografado pelo próprio Pedro.

Não poderia deixar de incluir qualquer livro escrito pelo meu xará nessa lista. Esse guia sobre a Big Apple mostra todos os cantos da cidade e o que fazer. Eu não li o livro inteiro, mas folheei todo. O Pedro mostra pontos que apenas um morador local poderia indicar, há a Nova York glamorosa como mostram os filmes, mas ele descreve os carrinhos de cachorro-quente da cidade, a culinária global que faz a cidade ser quem é, as atrações para todos os gostos.

O genial do livro são os insights que aparecem nas páginas que apenas um conhecedor da cidade poderia conhecer. Bom, para alguém que mora há duas décadas na cidade, não há dúvidas que suas indicações valem ouro.

Um pouco da singularidade do que encontrar no livro:

“Tanto o Mari Vanna quanto o Mehanata oferecem mais de cinquenta tipos de vodca no que eles chamam de ice cage (ou ‘jaula congelada’). Nos fins de semana, a situação no bar fica russa — literalmente”. 

TRECHO DO LIVRO DO pedro andrade.

4. Mar sem fim, Amyr Klink

Encontrei esse livro em um sebo na cidade do Rio de Janeiro. Já era o terceiro livro que lia do Amyr Klink, e sempre me surpreendo com a sua boa escrita e seus relatos quase que inimaginável nos oceanos.

Mar sem fim é sobre sua primeira viagem solo pela Antártica. Ele simplesmente velejou por toda a circunferência do polo, ou seja, Amyr deu uma volta ao mundo. É admirável não só o fato dele ter feito isso sozinho, mas toda a preparação para realizar tal empreendimento. São detalhes que podem custar a vida de uma pessoa.

O que mais me marcou foi a diversidade de animais que ele encontrou no caminho e como ele não podia ficar um minuto desatento com as obrigações do barco. Foi 141 dias velejando pelas águas mais intensas do globo.

Sempre é bom lembrar: ele fez isso sozinho!

 “Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”.

5. Cem dias entre céu e o mar, Amyr Klink

São duas obras que eu queria deixar registrada o Amyr nesse texto: Mar sem fim e Cem dias entre céu e o mar. Para quem gosta de viajar, suas aventuras são um estímulo enorme. Nunca fiz uma viagem de barco como as dele, mas a sensação de movimento e dar de cara com o inesperado é certo para qualquer viajante.

Nesse livro o Amyr conta sobre a sua travessia entre a costa sul-africana, porto de Lüderitz, até a sua chegada no litoral baiano, depois de 100 dias solitários pelo mar. Ele passa por maus bocados antes mesmo de sair para a aventura quando o barco fica preso na alfândega por conta de autorização.

O que acontece nessa travessia deixa qualquer um que lê o livro impressionado: desde ataques de tubarão a dias intermináveis de tempestades. Posso dizer que os livros do Amyr Klink são minhas obras favoritas sobre viagem. Se não fosse ele, duvido muito que Entre Atlas e Oceanos existiria.

6. O alquimista, Paulo Coelho

Amo os livros do Paulo Coelho. Como escritor valorizo muito suas obras e sua trajetória, em um país que se lê pouco, ele deixou um legado para o mundo.

O foco do livro não é viagem, embora acredito que nenhum livro de viagem é sobre viagem. Usamos a viagem para buscar algo maior e foi isso que o jovem Santiago fez no Alquimista, que sai da sua cidade natal na Espanha e viaja até o deserto do Egito em busca de respostas.

Ele as encontra de forma única e após as palavras de várias personalidades que ele encontra no caminho: uma cigana, um homem que se diz rei e um alquimista.

Embora a viagem não seja o assunto principal, todo o enredo em que o jovem Santiago está inserido acontece uma movimentação. É uma obra que faz bem para todos. Paulo Coelho foi além.

“Temos que estar sempre preparados para as surpresas do tempo.”

tercho do livro do paulo coelho.

7. Classe Econômica #1: Europa Comunista, Raiam Santos

Há quem ame e quem odeie o Raiam, mas um lado que ele mostra que me amarro muito é quando ele fala sobre geopolítica e mundo. Já li grande parte dos livros que ele escreveu, mas Classe Econômica foi o melhor para mim.

Em uma viagem de 10 dias por 10 países do leste europeu, ele narra a história das pessoas após a queda da antiga união soviética.

O Raiam se infiltrou nos mais variados lugares da Península Balcânica e trocou ideia com extremistas muçulmanos, membros da máfia local, oligarcas multimilionários, funcionários públicos, microempresários, universitários recém-formados e traficantes de drogas em países que passaram meio século sob dominação comunista como Eslováquia, Hungria, Sérvia, Croácia, Bósnia e Herzegovina, Kosovo, Macedônia e Bulgária.

Ele escrever de forma descontraída sobre produtividade e mundo, todos os seus livros tem viagem no meio.

É um livro “brabo” para quem gosta de mundo. 

8. O homem que queria salvar o mundo, Samantha Power

Escrito pela ex embaixadora americana para as Nações Unidas, Samantha Power dá vida a uma das figuras mais incríveis que o Brasil já teve: Sérgio Vieira de Mello.

Sérgio é brasileiro, mas viveu pelo mundo quando era mais novo enquanto acompanhava seu pai nos países em que trabalhava. Ter um pai embaixador proporcionou a Sérgio uma infância na Europa e Oriente Médio.

Sérgio trabalhou na ONU por mais de 30 anos e era uma das principais figuras quando se tratava de intermediação entre países. Ele mediou o conflito nos anos 80 entre o Líbano e Israel, ele encontrou os ditadores do Camboja e negociou a mudança política no país, esteve presente na mediação na independência do Timor-Leste.

Esses são apenas alguns momentos histórias em que ele participou. O livro retrata uma ONU que não conhecemos. Mostra seus sucessos e fracassos, como o que aconteceu em Ruanda.

Sérgio viaja entre os países que necessitam seus esforços e a sede da ONU.

Foi a melhor biografia que li nesses 28 anos de vida. Um livro que vai além do tópico viagens. A Netflix produziu um filme sobre ele, mas que foi superficial pela vida que Sérgio teve. Vale assistir pela atuação do Wagner Moura.

Infelizmente Sérgio faleceu em uma operação no Iraque após um ataque terrorista contra o escritório das Nações Unidas no país.

As listas de livros de viagem que encontramos no Google deveria incluir a história de Sérgio. É surreal!

9. On the road, Jack Kerouak

A linguagem de Kerouac é fluída e sem firulas. É um livro direto quando se trata de aventuras e possui zero glamour. É o livro dos livros quando se trata de viagens, um ícone global quando vem à mente uma obra sobre a insanidade das viagens.

O romance de Jack Kerouac, originalmente publicado em 1957, conta a jornada do protagonista Sal Paradise e companheiro, o enérgico e passional Dean Moriarty, percorrendo o interior dos Estados Unidos em rotas nem um pouco planejadas.

Uma história sem enredo e de caráter bem episódico, nele o principal são os momentos vividos, sendo que o plano de seu autor não é o bem amarrado enredo de desenvolvimento linear.

Se você busca histórias tradicionais, On the Road pode decepcionar. Mas se você busca poesia em prosa, passagens inesquecíveis e frases memoráveis e fluidas como uma peça de blues, não perca tempo e embarque nessa viagem sem fim pelo coração da América do Norte.

Essa história é um clássico dos livros de viagem.

“Para mim, pessoas mesmo são os loucos, os que estão loucos para viver, loucos para falar, loucos para serem salvos, que querem tudo ao mesmo tempo, aqueles que nunca bocejam e jamais dizem coisas comuns.”

trecho do livro do jack kerouak.

10. Paris é uma festa, Ernest Hemingway

Hemingway, nos anos 1920, se muda para a capital francesa em busca de uma versão melhor de si. Em Paris foi onde ele se lapidou como o escritor que foi, onde ele largou sua aversão ao sentimentalismo e abraçou a própria essência como escritor.

Nessa viagem ele encontrou vários companheiros de peso, pessoas célebres em suas artes. Homens e mulheres como Gertrude Stein, James Joyce, Ezra Pound, F. Scott Fitzgerald.

Conviver com essas pessoas fizeram Hemingway abraçar a vida de escritor com mais profundida. Nas línguas populares se fala que o ambiente faz a pessoa, o caso do Hemingway não foi diferente. Em Paris ele se tornou quem ele deveria se tornar.

A viagem nesse caso não é tão intensa quanto On the Road, mas mostra um lado quando você se muda para um lugar totalmente novo, em uma cultura avessa a sua.

Hemingway ainda é meu escritor favorito. Motivo: ele escreve sem rodeios. Simples assim.

“Quando a primavera chegava, mesmo que se tratasse de uma falsa primavera, nossos problemas desapareciam, exceto o de saber onde se poderia ser mais feliz. A única coisa capaz de nos estragar um dia eram pessoas, mas, se se pudesse evitar encontros, os dias não tinham limites. As pessoas eram sempre limitadoras da felicidade, exceto aquelas que eram tão boas quanto a própria primavera.”

Trecho do livro Paris é uma festa.

11. A incrível viagem de Shackleton, Alfred Lansing

Posso dar a volta ao mundo dez vezes que não vou chegar aos pés dessa história.

Sir Ernest Henry Shackleton, com a sua tripulação a bordo do Endurance, foram em direção à Antártica. Eles queriam ser o primeiro barco a atravessar o Polo Sul, mas, devido a um inverno antecipado, não conseguiram. O barco ficou preso no gelo!

Em uma época sem tecnologia, sem WhatsApp, sem GPS, Shackleton conseguiu trazer todos os tripulantes com vida de volta a Inglaterra.

Como?

O capitão e alguns marujos empurraram um bote por 100 km até o Oceano Atlântico e remaram até o Chile. Para piorar, eles chegaram a uma região montanhosa e atravessaram montanhas de 3000 metros(!) para depois chegar em uma vila de pescadores.

O resto é história. Shackleton voltou ao barco para buscar o restante da tripulação em uma expedição que durou três anos.

Foi um dos melhores livros de viagem que li.

“Adoro uma luta, mas quando as coisas são fáceis, eu detesto.”

Frase em uma carta à sua esposa demonstra o verdadeiro espírito de Shackleton.

12. Comer, rezar, amar; Elizabeth Gilbert

Gosto tanto do livro, quanto do filme. A história é inspiradora e conta a vida de Elizabeth Gilbert quando ela decidiu largar tudo em Nova York e viajar o mundo.

Nessa caminhada de um ano entre Itália, índia e Indonésia, ela foi em busca de autoconhecimento. A protagonista passava por um momento de confusão na profissão, no relacionamento e na vida em geral.

A vida que ela foi designada a ter começou a perturbá-la. Casamento, filhos e carreira talvez seja importante para algumas pessoas, mas outras esperam ver e sentir coisas diferentes.

Isso que Elizabeth se incomoda. Ela precisava conhecer lugares e pessoas novas.

Durante os meus 18 meses na estrada encontrei dezenas de Elizabeths e todas(o) estavam em busca daquilo que realmente eram. São histórias de pessoas que ultrapassam a barreira das nações. É um sentimento que está enraizado no lado ocidental do mundo, o lado que conheço.

Indico para todos uma aventura pelo mundo como a da Elizabeth ou a minha. Talvez os motivos sejam diferentes. As pessoas viajam a longo prazo por “n” motivos e todos são válidos.

Talvez seja um dos livros de viagem e autoconhecimento mais conhecidos. Valeu Julia Roberts pela sua bela atuação!

“A única coisa mais inconcebível do que ir embora era ficar; a única coisa mais impossível do que ficar era ir embora.”

trecho do livro da elizabeth holmes.

13. O conde de monte cristo, Alexandre Dumas

Se O homem que queria salvar o mundo é a minha biografia favorita, o Conde de Monte Cristo é um dos livros de ficção mais incríveis que li.

A versão que tenho em casa possui 1.600 páginas, é uma história que não tem fim, mas quando o fim chega você sente a necessidade de mais 1.000 páginas. Me apeguei muito ao personagem principal, Edmond Dantès, que é preso injustamente por 14 anos no Castelo de If.

Edmond fica amigo do Abade Faria, um prisioneiro que ao tentar fugir da prisão, acaba na cela de Edmond. Os dois se tornam grandes amigos e o Abade o ensina tudo o que sabe para o rapaz: línguas, ciência, economia, matemática, leitura, filosofia, história e luta de espadas.

Edmond Dantès consegue escapar da prisão e tem um mapa, deixado pelo Abade, de um tesouro que está enterrado na ilha de Monte Cristo.

O resto é história. Com toda a sabedoria, Edmond se conhecido por onde passa.

As viagens acontecem por alguns países Europeus e Oriente Médio. São cenários diversos que se passam pelo mundo até ele executar o que sempre planejara: sua vingança contra aqueles que o prenderam e o deixaram longe da sua amada Mercèdes. 

14. Equador, Miguel Sousa Tavares

Esse livro é uma viagem entre Portugal e a colônia africana na ilha de São Tomé e Príncipe sob a supervisão do personagem principal, Luís Bernardo, que assume a governança da ilha após o rei D. Carlos nomeá-lo. Você vai se admirar pelos costumes portugueses e toda história de um bon vivant que cai em uma ilha no meio do nada.

Há passagens pela Índia, quando é contado a história de um fiscal inglês que vai até a ilha garantir que a escravidão da colônia portuguesa já havia sido abolida. Antes de ser mandado a ilha pelo seu governo, o inglês passou anos na colônia inglesa por toda Índia.

As viagens são imperdíveis em uma época que o mundo passava por transformação. Luis Bernardo deve manter a ilha tranquila e garantir que a escravidão acabe na colônia, mas será possível mudar esse status em um lugar que a escravidão sempre esteve presente?

Definitivamente esse volume entra na lista dos livros de viagem não convencionais.

15. A sense of the world: How a Blind Man Became History’s Greatest Traveler, Jason Roberts

James Holman foi um viajante inglês do século XVIII que era cego. As suas aventuras, em uma época extremamente difícil de se viajar, aconteceram na África, Sibéria e Austrália. Os seus feitos nessas aventuras foram: lutar contra a escravidão na África.

A escrita de Jason Roberts é envolvente ao descrever relatos sobre a vida de Holman. Está aí uma pessoa que eu gostaria de conhecer e perguntar: como que você fez isso cego? Como você registrava essas passagens da sua vida?

Em uma época que a tecnologia era a base das estrelas, fica muito difícil de acreditar em uma pessoa que deu a volta ao mundo sem o sentido da visão.

E tu pensa que é difícil viajar com toda essa regalia que tem?

Esse é um dos livros de viagem que vai te mostrar a resposta para todas as suas desculpas.

Outra informação: disponível apenas em inglês. Já está mais que na hora de você aprender inglês, não?

“Ninguém, exceto aqueles que viajaram, podem apreciar o prazer experimentado ao recordar desta forma os pontos interessantes de uma viagem interessante, e lutar, por assim dizer, suas batalhas de novo.”

#dropthemic

16. A marca da vitória, Phil Knight

Esse não é um livro de viagens, mas certamente me influenciou quando decidi viajar o globo. Mister Phil, após terminar o MBA em Stanford, foi parar no Japão para conhecer os distribuidores de tênis do país.

Do Japão ele foi para o Vietnã, Mumbai, Roma, Londres, Atenas e voltou aos EUA. Literalmente ele deu a volta ao mundo. Toda essa jornada moldou a maneira de como ele conduz os seus negócios. Conhecer o mundo enquanto esperava as encomendas do fabricante japonês chegar aos Estados Unidos mostrou uma perspectiva diferente de como mostrar os seus tênis ao mundo.

Ninguém que sai para uma volta ao mundo volta da mesma maneira. Essa é a única certeza.

Há mais outros livros de viagem tão bom quantos esses?

Sim! Há centenas de outros livros que poderiam fazer parte dessa lista, mas por enquanto vou manter esse dai. Os livros que me influenciam até hoje quando se trata de viagem. Para cada livro escrito há um viajante que precisou arriscar muita coisa para a sua existência.

Boas histórias estão aí para nos tirar do sofá e nos incentivar a esculpir as nossas.

O que mais me alegra foi ter coloca livros de viagem de escritores brasileiros. Orgulho de ver nossos nomes estampados em livrarias e rodas de conversa. Orgulho maior é ver um escritor brasileiro como um dos mais vendidos do mundo!

Lembre-se: o mundo foi deles, mas também é nosso.

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