Pelo Mundo

Morar em Buenos Aires como nômade digital

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Setembro de 2021 me planejei para morar em Buenos Aires no início de dezembro desse mesmo ano. Passagem cancelada. Foi a hora de (re)planejar a nossa ida a capital Argentina – digo nossa pois estive acompanhado da Isis, minha namorada, e de um grande amigo, Hugo. Conseguimos realocar nossas idas para o final de janeiro de 2022, o que não foi um mau acontecimento, porque tivemos a possibilidade de passar a virada do ano ainda no Brasil.

22 de janeiro pousei em solos argentinos, com conhecimento zero sobre o país, a moeda, e o que aconteceria lá. Cheguei solo na cidade, conhecia um amigo porteño dos tempos de Praga, onde trabalhamos juntos em um hostel. Nos encontramos no dia seguinte depois de três anos e meio. Hugo apenas chegaria três dias depois e Isis decidiu me encontrar em BsAs na mesma época.

Éramos em três na cidade. Três pessoas trabalhando remotamente. Definitivamente, Buenos Aires foi um começo e tanto para esse ano. Posso elencar alguns, bons motivos para destacar o quão essa cidade é um ótimo refúgio para nômades digitais.

A comida é de bom gosto. Dezenas de parques para conhecer. A cena cultural porteña, que nasce em Buenos Aires, é única — teatros um ao lado do outros, as bibliotecas mais lindas que você poderia encontrar, cinemas comerciais e independentes pela cidade e museus. Os dois pontos que mais contaram para nós foram: segurança e transporte público.

Para quem saiu do Brasil, e viveu boa parte da vida lá, sabe como é desafiador sair com medo de andar na rua e ser abordado. Infelizmente, nos acostumamos com essa realidade. A única cidade onde tive a plena sensação de segurança no Brasil foi Florianópolis. Esse choque com a realidade de Buenos Aires foi grande, posso contar nos dedos os momentos em que passamos algum desconforto. É claro que esse aspecto da cidade é relativo e as respostas para a pergunta “Buenos Aires é segura? variavam conforme o interlocutor”

Avenida Corrientes, o coração de Buenos Aires

Para um argentino que nunca saiu do país, vai nos contar suas experiências e dizer que a cidade já foi mais segura. Como viemos do Brasil, nossa barra era baixa. Caminhávamos de cafés e cafés, com nossas mochilas e computadores, para cima e para baixo.

O transporte também era de dar inveja. O metrô funcionava plenamente para todos os cantos da cidade. Se não houvesse um metro que levasse a um determinado ponto, os ônibus faziam um ótimo trabalho. Importante: a passagem era muito barata.

Já deixo claro que nossas vidas em Buenos Aires não eram nada glamorosas. Eu, Hugo e Isis éramos e ainda somos trabalhadores remotos que não fazem somas altas no mês. Na verdade, trabalhamos para empresas que nos permitem fazer o que fazemos. E nós amamos isso.

Essa não foi uma transição difícil, as mudanças foram graduais. Morar em Buenos Aires foi um teste de cada experiência que tivemos separadamente no passado. O que fizemos foi transferir nossas vidas do Brasil para cada cidade que moramos. Buenos Aires foi o início desse movimento. Eu já morei em outros países, mas nunca como nômade digital full-time. E deu certo!

Moeda local

É difícil discorrer sobre a cidade, economicamente falando, sem mencionar a situação da moeda local. Esse é um dos assuntos que mais me fascina em um país: a sua situação econômica. No caso da Argentina, por uma série de fatores, a economia é bastante instável, mas é um ótimo lugar para nômades digitais de qualquer parte do mundo por um motivo: o país possui duas moedas.

O câmbio oficial é a cotação oficial entre dólar e pesos argentinos. Como o país vive em uma situação de inflação altíssima, a variação do preço dos produtos é quase simultânea. Para não acontecer uma fuga de capital no exterior, nem de mão de obra, o argentino pode trocar apenas $200 dólares por mês no câmbio oficial.

Se ele quiser trocar mais dólares, vai precisar usar o câmbio blue: o câmbio paralelo. Para o argentino que recebe em pesos trocar pelo blue não é um bom negócio, porque vai receber muito menos. Não existe limite para troca, mas o cidadão paga muito mais.

O efeito é oposto para um estrangeiro que vai morar ou visitar o país. Quando entramos com a nossa moeda, podemos trocar pelo câmbio blue. Quando fazemos isso, trocamos por quase o dobro do câmbio oficial.

Durante três meses em Buenos Aires e dois meses em Bariloche, usei o meu cartão de crédito apenas três vezes. Como a operadora do cartão me cobrava pelo câmbio oficial, nunca fez sentido usá-lo.

Sempre enviei dinheiro via Western Union. O WU fazia a transação no câmbio blue. Para exemplificar o que é câmbio oficial e câmbio blue exemplificarei abaixo:

Minha conversão vai ser de Real (BRL) para Pesos Argentinos (ARS).

  • Quando eu cheguei, 1 BRL valia 17 ARS no câmbio oficial
  • A mesma cotação no câmbio blue era: 1 BRL = a 35 ARS

Ou seja, o dobro!

Não vamos nem falar da inflação que impera sobre o país. Quando cheguei, em janeiro de 2022, usando o câmbio blue para efeitos de comparação, 1 BRL valia 35 ARS, como eu mencionei acima. Quando deixei a Argentina, no final de junho desse mesmo ano, um real valia, aproximadamente, 53 pesos argentinos.

Para quem é de fora, essas contas só nos favorecem, mas para um argentino que recebe em pesos é o caos. A crise econômica no país é grave. A economia é dolarizada por conta da inflação, isso aniquila a moeda local. Eu não saberia explicar os erros e acertos da economia Argentina até o momento presente, deixo claro que não pretendo me alongar com tecnicidades econômicas aqui, mas sim um relato de vivência no país.

Moradia

Alugamos três imóveis diferentes em três bairros distantes um dos outros. As melhores localizações são: Palermo, Caballito, região do Congresso e Villa Crespo. Há outros bairros, mas manter essas opções na manga vai facilitar o acesso a cafés, bares, museus e outros lugares incríveis. Todos esses bairros estão localizados em CABA (Ciudad Autonoma de Buenos Aires).

Fora de CABA está a região “metropolitana” de Buenos Aires, onde há bairros mais tranquilos para morar, mas longe de tudo. Muitas famílias, para fugir do excesso do centro da cidade, migram para esses bairros em filhos menores e/ou em busca de paz. Visitamos a casa dos pais de uma amiga e foi incrível conhecer o lado mais quieto da capital.

Como estávamos em três pessoas, optamos por alugar pelo Airbnb. Já estávamos cansados de hostels e queríamos um pouco de conforto e privacidade nesse período em que residimos na cidade.

Todos os cômodos davam para esse belo pátio em nossa primeira casa.

Por mais que o câmbio ajude, alugar pelo Airbnb foi diferente. Como se sabe, na plataforma não é possível alugar com dinheiro vivo, apenas cartão de crédito. Como mencionei acima, todas as compras via cartão são cobradas pelo câmbio oficial, ou seja, o câmbio com a taxa menos favorável. Esse era nosso maior gasto mensal.

Em termos financeiros, cada lugar que alugávamos ficava entre R$ 3.900 e R$ 5.800. Mas esse valor era dividido em três, no final saía o preço do aluguel do Brasil. Por sorte estávamos em três, mas há opções mais baratas para quem vai sozinho — há hostels espalhados por toda cidade.

Tentamos alugar por fora da plataforma para pagarmos no câmbio blue, através de imobiliárias, mas não rolou. Pediam o DNI (o cartão de identidades deles), dois meses de caução e outras burocracias. Como não conseguimos nada por fora, alugamos pelo Airbnb mesmo. A vantagem é que nos hospedamos em três lugares bem equipados, principalmente a cozinha que tinha tudo para cozinhar.

Foi um valor justo comparado ao que pagamos no Brasil, e ainda vem com internet, todas as contas incluídas e limpeza a cada 10 dias (opcional em alguns lugares). Ah! O mais importante, todos tinham máquina de lavar.

Em questões de tarefas domésticas a rotina era a mesma: lavar roupa uma vez por semana, cozinhar todos os dias, treinar na academia ou natação, limpar a casa e trabalhar. Quando sobrava um tempo, saíamos para explorar a cidade.

Nada de glamour. Comer fora em todas as refeições e pagar lavanderia por fora são gastos que se acumulam rapidamente.

Sobre comer

Basicamente, comíamos quase todos os dias em casa. Salvo os primeiros dias,  quisemos explorar um pouco mais a cidade e sempre nos deparávamos com restaurantes baratos. Um almoço ficava entre 500 e 800 pesos, algo entre 13 e 20 reais.

Buenos Aires possui ótimos restaurantes. Para quem gosta de carne, é perfeito. Nunca comi tanta carne boa. Uma boa pedida é o bife de chorizo ou ojo de bife.

Há um restaurante vegetariano que sempre íamos chamado Satva que é sucesso também, e foi um dos lugares mais baratos que comemos durante a nossa estadia. Por conta da migração italiana no país, há dezenas de restaurantes italianos e casas de massas para comprar e fazer em casa.

Também sempre recorríamos aos restaurantes chineses espalhados pela cidade. Eram os mais rápidos e com mais variedades, mas os menos saudáveis. Quando a preguiça batia era só descer que a dez metros havia algum chinês.

A genial pizzaria Guerrin

Vou deixar minhas mais admiráveis recomendações a partir de agora. O melhor restaurante que comemos se chama, Sarkis, de origem armênia, e é indiscutivelmente um dos melhores lugares na cidade. Pratos muito bem servidos e baratos. Não à toa, você se depara com filas gigantes se chegar em determinados horários.

A melhor pizzaria e também a mais tradicional se chama Guerrin e está localizada no coração de Buenos Aires, na avenida Corrientes. O lugar é enorme!

Há outros dois restaurantes que tive o prazer de conhecer: Sacro e Mudrá. Ambos são de comidas veganas. Fui acompanhar a minha namorada e não me arrependi de ter ido. Esses dois são mais caros, mas valeu o date!

Casas de empanadas cobrem toda a cidade, muita pizza também, e casa de carnes. Diferente do Brasil que há rodízios, não encontramos nada parecido em Buenos Aires.

Para os paladares mais doces, temos dezenas de alfajores: há Havana em cada esquina e todo café faz seus próprios alfajores — o melhor sempre será o de maizena.

Para o desayuno os argentinos comem media luna, um tipo de croissant adocicado. Son ricos!

Sobre beber

Todo mercado, mercadinho, venda ou kiosco (pequenas lojas de conveniência espalhadas pela cidade) vende vinho de boa qualidade. Do momento em que pisamos na Argentina até o nosso último suspiro lá, sempre tomamos vinhos decentes por preços muito baixos. Pagar dez reais em uma garrafa de vinho era um imenso prazer. Semanalmente, eram 2-3 garrafas de vinho argentino em casa. É o paraíso para quem gosta.

Em contrapartida, para quem é do time da cerveja, também não vai se decepcionar. As birras na Argentina são de alta qualidade e é fácil encontrar bares e restaurantes que servem cerveja tiradas direto no copo — Patagonia era fácil de ser encontrada e de qualidade.

Cafés

Os cafés são uma parte fundamental para quem trabalha de casa. São lugares onde você vai conhecer outras pessoas fazendo o mesmo: em seus ofícios remotamente. Também são os lugares onde o WiFi (quase) sempre está a mil, porque nem sempre a internet do Airbnb é perfeita. É onde você vai comer bons alfajores e, se gostar, dar-se o luxo de beber alguns bons cafés.

Em Buenos Aires, como qualquer outra grande cidade, há dezenas de Starbucks espalhados em cada esquina, no qual fui apenas um vez. Há o famoso Café Martinez, uma franquia excelente para quem precisa sentar para trabalhar e não quer se aventurar em outros cafés.

Entre Palermo e a Praça do Congresso, você vai encontrar centenas de cafés para desfrutar. Vou jogar alguns nomes que vale a pena conhecer: Café Negro, Punto Café, Old Days em Puerto Madeiro, Surry Hills Coffee Shop, Café Crespin, Rondo Café. Cada qual com suas particularidades. Suas localizações não fogem daquela lista dos melhores bairros para morar. O único que está fora daquele eixo é o Old Days, localizado em Puerto Madeiro, mas não é um lugar onde eu moraria ou teria condições de alugar algo, pois é extremamente caro.

Sobre o que conhecer

Museus

Nunca vi tantos museus interessantes para conhecer. Nesses três meses que morei na cidade visitei alguns dentre as várias opções disponíveis. São eles: MALBA, MACBA, Museu de Bellas Artes, Usina del Arte. No MALBA, por exemplo, está o Abaporu do Tarsila do Amaral, e outras peças importantes da arte mundial.

Livrarias

Encontrar livrarias em cada canto da cidade foi fator predominante para querer voltar. Eu já sabia que Buenos Aires tinha uma grande concentração de livrarias e bibliotecas, mas não imaginava que era em cada esquina. A primeira livraria, e uma das mais belas do mundo, que visitei foi o Ateneo, uma obra-prima arquitetônica que antes de se tornar livraria era um teatro.

O Ateneo também foi onde eu comprei o meu primeiro livro em castelhano no país — Los Siete Locos de Robert Arlt. Passo a você a minha lista de livros de viagem para te dar um empurrão para começar a sua jornada.

Na Avenida Corrientes, próximo aos teatros da cidade, há outra gama de livrarias, de livros usados a novos, com aparências elegantes e estantes cheias de todos os escritores latino-americanos.

Outro centro de cultura, mas de pequenos livreiros, é a Feria Artesanal Plaza Italia, que também está perto de Palermo e do Jardim Botânico. Você vai encontrar um pequeno espaço com uns vinte livreiros expondo seus livros. Comprei duas belezuras lá: Rayuela de Cortazar e Ficciones do Borges.

Parques

A cidade está cheia de parques para relaxar, treinar ou apenas para ficar sentado lendo — aproveite para ler um exemplar adquirido nas livrarias que mencionei. Eu nem precisaria indicar os parques da cidade, se você der um zoom no Google Maps vai encontrar vários pontos verdes.

Você vai se encantar na Reserva Ecológica Costanera Sur, um parque que está na beira do rio. Para fins de curiosidade, Buenos Aires está nas encostas do Rio de la Plata.

O Parque Centenário é outro ponto muito legal para visitar, de final de semana há uma feira onde se vende de tudo — roupas, brinquedos, jogos, um verdadeiro mercado de pulgas. Mas é também onde as pessoas vão para treinar, passear e levar seus cachorros. Existe uma população canina muito grande nesse parque.

Os parques que vou citar agora estão bem próximos um do outro. Alguns se separam por uma rua que os atravessa. São eles: Jadín Botánico, Paseo El Rosedal (está dentro de um parque, o Parque las Heras, onde se encontra o Planetário Galileu Galilei). Mais ao centro você vai encontrar dezenas de praças onde as pessoas realmente usufruem do espaço.

Ainda há dois pontos importantes da cidade: a segurança e o transporte público. Ambos estão correlacionados com a facilidade de acesso aos parques e a segurança em poder ir e vir deles.

Como podemos ver, há muitos parques em CABA.

Segurança

Nós, brasileiros, estamos acostumados com o nível de (in)segurança de nosso país. Já sabemos que é sair sem celular, desconfiar de uma moto que se aproxima vagarosamente na nossa direção e nunca deixar chinelo Havaiana na praia dando bobeira. Dependendo de qual cidade onde se mora, o grau de violência pode ser maior ou menor, mas nunca deixa de existir.

Não senti isso em Buenos Aires, mas é tudo questão de perspectiva. Para os porteños, a cidade teve um aumento na criminalidade, principalmente nos bairros fora de CABA. Andávamos sozinhos pela rua, de noite, de dia, com mochila e nunca nos passou nada. Bem, pelo menos nenhuma situação pesada.

O que acontece, e isso não é exclusividade de nenhuma cidade, são os pequenos furtos (= pickpocket). Provavelmente você não vai ser assaltado a mão armada, ou abordado, mas não deixe o celular na mesa achando que ali é um lugar imune a roubo. Não é. Minha namorada foi roubada por um vendedor de meias que colocou seus produtos em cima do celular dela, enquanto ela estava distraída.

Não pense que Buenos Aires é Genebra, mas o grau de violência é mais baixo de qualquer cidade que já visitei na América Latina.

Transporte público

É perfeito. Ponto. Com o metrô você consegue ter acesso a qualquer parte da cidade. São muitas linhas que fazem conexão entre si, entre plataformas de ônibus e com os trens que levam à região metropolitana da cidade.

Custo baixo, com a conversão até então ficava entre 1 real e um e cinquenta. Passa com frequência e te deixa em qualquer ponto da cidade. Eu amei essa cidade justamente porque tudo estava a 20 minutos de qualquer lugar onde moramos.

Os ônibus também faziam um ótimo trabalho, mas geralmente pegávamos metrô. Ônibus apenas quando havia um ponto próximo que nos deixava em algum bem específico onde o metrô era mais distante.

Saudades do transporte público de Buenos Aires…

Considerações finais de nômade para nômade sobre morar em Buenos Aires

Fui sem pretensão de ficar muito tempo. Acabei estendendo por três meses meu período na cidade antes de me meter na Patagônia, mas isso fica para outro artigo. Tive oportunidade de morar em outras cidades da América Latina como Medellín, Cusco, Santa Marta, Lima, São Paulo, Rio de Janeiro e Florianópolis. Buenos Aires ainda é o lugar onde eu encontrei tudo o que precisava em termos de estrutura. Claro que com cem mil reais por mês, qualquer cidade fica fácil de se morar, mas com orçamento justo CABA é o lugar ideal.

Não há praias como Floripa, mas tem uma gama de possibilidades na cidade que te faz querer não sair de lá. O centro cultural é muito forte. Há cinemas para todos os gostos como o Cine Gaumont, com um catálogo de filmes argentinos, há teatros, parques e um centro gastronômico muito forte.

Muita gente legal tem ido para Buenos Aires para trabalhar. Conheci alguns outros nômades nos cafés e coworking que frequentávamos que marcaram suas presenças nesses momentos. A arquitetura é bela, uma cidade onde poucos prédios altos residem. Os prédios antigos dominam a cidade. Aquela sensação de ser engolida pela cidade como acontece com São Paulo não existe.

A pergunta que fica não é se eu vou voltar, mas quando.

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4 Replies to “Morar em Buenos Aires como nômade digital”

Eliana Rejane Lemos

Amei viajar por Buenos Ayres. Texto lindo.

Menirlei Bernardette dalmolim

Bela Buenos Aires, encantadora. Parabéns Pedro ,sucesso continue escrevendo você tem os detalhes.

Kamila

Olá fiquei curiosa sobre nomades digitais, com o que podem trabalhar exatamente? Porque com esse cambio do Brasil x argentina dá pra sustentar uma qualidade de vida muito boa lá

Pedro Dalmolin

Oi, Kamila! Para mim, o caminho que se abriu foi trabalhar para uma empresa estrangeira que permite que seus colaboradores trabalhem de qualquer local. Mas conheci muita gente gerenciando seus próprios negócios, inclusive na Argentina, onde conheci brasileiros e europeus residindo em Buenos Aires. Realmente, o câmbio tem nos favorecido na Argentina, mas como economia é cíclica, daqui a alguns anos isso pode mudar.