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O poder de ser brasileiro no exterior

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Após 12 meses viajando, a impressão que tenho sobre ser brasileiro dentro do Brasil é totalmente diferente de ser brasileiro no exterior. Quem vive no Brasil sabe quão caótico é o nosso país, como a criminalidade é um assunto recorrente em nossos dia a dia e os esquemas de corrupção não param de enfeitar os noticiários que acompanhamos.

Se você se informa por portais online, televisão, redes sociais ou até pelos outros; as notícias são sempre as mesmas. Mas como é o brasileiro visto por olhos dos estrangeiros? Por eles não conhecerem a realidade interna do país eles apenas enxergam a parte interessante. Inclusive somos a nação mais adorada no globo.

A força do passaporte brasileiro

Quando pisamos fora da nossa própria nação, vemos o quão valorizados somos. Quer um exemplo fácil? Pega o nosso passaporte e olha a quantidade de países que podemos entrar sem visto. Temos liberdade de ir e vir com facilidade por 153 países de um total de 193 destinos. Vale a pena comentar que o número de países varia se contarmos com todo o território global dividido em 218 nações ou 193 de acordo com a ONU.

Fiquei com medo quase todas às vezes em que tive que passar pela imigração. Motivo? Medo de ser mandado embora para casa. Após passar pelo país mais complicado em burocracia eu me senti mais tranquilo quanto a isso. Israel barra muita gente! Chega lá com carimbos de país árabe, a chance de você ser barrado por um bom tempo é grande. Se você é brasileiro, vá sem medo para o mundo. Você será bem aceito.

O futebol para o brasileiro é questão diplomática no exterior

Essa boa fama que temos no exterior vem quase sempre de um motivo: O futebol. Eu não acompanho nada de jogo interno no Brasil ou mesmo campeonato europeu, só assisto mesmo à copa a cada quatro anos. Só tenho a agradecer o Pelé, Neymar, Ronaldinho Gaúcho e companhia por nos darem essa fama.

Muitos vão dizer que essa fama é fútil, que seria melhor sermos conhecidos por ter uma educação de qualidade ou uma taxa de criminalidade beirando o zero. Vou além, seria melhor fossemos conhecidos tanto pelo futebol, quanto pela educação e tantos outros índices.

As pessoas em outros países abrem os braços para nós. Eles nos amam pelo que somos como pessoa e o futebol ajudou a alavancar essa fama. Parece pouco, mas entrar em uma área onde você é o estrangeiro e não conhecer ninguém é muito difícil. Há lugares onde as pessoas são mais abertas e outros lugares mais fechadas, mas quando falamos que somos brasileiros essa barreira some. 

“O preconceito está dentro do nosso país e não fora”

Estive com contato com pessoas do mundo inteiro. Passaporte alemão e inglês, por exemplo, são muito tranquilos para entrar em, praticamente, qualquer país. Entretanto, passaportes como esses são a minoria. Conversei com pessoas com passaporte indiano, paquistanês, jordaniano, etíope e outras nações, que para conseguir visto para entrar na Europa e EUA, por exemplo, é muito complicado.

Pouca burocracia para nos mover entre países

O processo de conseguir um visto é trabalhoso, pois demanda tempo e dinheiro e quase nenhuma garantia de consegui-lo. Um cidadão egípcio deve apresentar diversos documentos e fonte de renda para alguns meses de estadia. Para um lugar onde a maioria não tem condições de tal coisa, fica difícil sair do país para viajar ou estudar. 

Já nós, independente de todos os problemas que temos em nosso país, só precisamos comprar uma passagem e ter o passaporte em mãos para quase todos os países do globo. Tive essa experiência confirmada em Israel e na Jordânia. As pessoas pulavam de alegria quando eu falava que era do Brasil. Elas me abraçavam por nenhum motivo. Somos uma nação alegre e muito receptiva com estrangeiros. Até quando eu encontrava pessoas que não falavam inglês, mas que ouviam a palavra “Brasil” a reação era de felicidade e contemplação.

Temos um passaporte muito forte, nossa presença em muitos países são bem aceita, seja na Jordânia, na Tailândia ou no Chipre. Sofrer preconceito por ser brasileiro no exterior é algo que não aconteceu comigo. Se vai acontecer eu não sei, mas enquanto isso não acontece só temos que aproveitar esse nosso carisma e ir pulando de país em país para continuar vendo a reação das pessoas quando um tupiniquim aparece por suas terras.


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